sábado, 26 de maio de 2012

(...)



"Não sou para todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias..."


Caio Fernando de Abreu

domingo, 6 de maio de 2012

first love


"É fácil saber se um amor é o primeiro amor ou não. Se admite que possa ser o primeiro, é porque não é, o primeiro amor só pode parecer o último amor. É o único amor, o máximo amor, o irrepetível e incrível e antes morrer que ter outro amor. Não há outro amor. O primeiro amor ocupa o amor todo. 
Nunca se percebe bem por que razão começa. Mas começa. E acaba sempre mal «só porque acaba». Todos os dias parece estar mesmo a começar porque as coisas vão bem, e o coração anda alto. E todos os dias parece que vai acabar porque as coisas vão mal e o coração anda em baixo. 
O primeiro amor dá demasiadas alegrias, mais do que a alma foi concebida para suportar. É por isso que a alegria dói — porque parece que vai acabar de repente. E o primeiro amor dói sempre de mais, sempre muito mais do que aguenta e encaixa o peito humano, porque a todo o momento se sente que acabou de acabar de repente. O primeiro amor não deixa de parte «um único bocadinho de nós». Nenhuma inteligência ou atenção se consegue guardar para observá-lo. Fica tudo ocupado. O primeiro amor ocupa tudo. É inobservável. É difícil sequer reflectir sobre ele. O primeiro amor leva tudo e não deixa nada. 
Diz-se que não há amor como o primeiro e é verdade. Há amores maiores, amores melhores, amores mais bem pensados e apaixonadamente vividos. Há amores mais duradouros. Quase todos. Mas não há amor como o primeiro. É o único que estraga o coração e que o deixa estragado. 
(..)
Há amores melhores, mas são amores cansados, amores que já levaram na cabeça, amores que sabem dizer “Alto-e-pára-o-baile”, amores que já dão o desconto, amores que já têm medo de se magoarem, amores democráticos, que se discutem e debatem. 
O primeiro amor é o único milagre da nossa vida — «e não há milagres em segunda mão». É tão separado do resto como se fosse uma primeira vida. Depois do primeiro amor, morre-se. Quando se renasce há uma ressaca. "
Miguel Esteves Cardoso



Não duvido que quem ler isto, inevitavelmente, viaje nas suas memórias, se identifique, recorde e compare o que foi vivido com o que está escrito. 

Mais ninguém se conseguiria expressar de melhor forma. Quem tem o dom, tem-no mesmo.


No seguimento da nossa conversa, aqui tens pequena (: *

quarta-feira, 2 de maio de 2012


Porque é, sem dúvida alguma, o que de mais completo eu consigo dizer acerca de ti.
Odeio a tua arrogância, odeio a tua mania de superioridade, odeio a tua infinita e exagerada auto-estima. 
Odeio as tuas piadas, odeio a tua ironia, odeio o teu sarcasmo.
Odeio a tua indiferença, odeio a tua persistência, odeio a tua "bipolaridade".
Odeio o teu ar de player, odeio os teus mistérios, odeio a tua maneira de ser.
Odeio. Odeio. O d e i o !

"But mostly, I hate the way I don't hate you, not even close. Not even a little bit. Not even at all."

Abomino que apesar disso tudo o meu "ódio" por ti continue abaixo de zero...